quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

“Todos os homens se erguem pela liberdade”

A Peste Negra, ou Peste Bubônica ficou conhecida como tal que destruiu um terço da população européia daquela época, no século XIV. Não sabiam a causa da doença. Alguns acreditavam que era uma causa das doenças epidêmicas da Bíblia, um tipo de castigo. Mas a medicina achava improvável. A doença é transmita através das pulgas de ratos. A peste transmite-se de pessoa em pessoa. Por isso também muitos amigos, parentes e até mesmo pais e filhos se esqueciam de uns aos outros. Afinal, quem quer morrer? E não só exterminou a população como também destruiu civilizações e a construção do feudalismo.
Os feudos no inicio eram os primeiros refúgios para os nobres, que fugiam dos ataques bárbaros. E aí se formou o tal Sistema feudal, onde existia o Senhor Feudal, que seria no caso, como um rei, o superior aos outros, aos servos. Já os servos são como escravos, que naquela época também fugiram em busca de segurança. O feudo tecnicamente era baseado na terra dos nobres, onde havia sua moradia e plantio, que eram cultivadas pelos servos. Que em troca de seu trabalho na colheita, o Senhor Feudal permita-os usar suas terras, onde encontravam a procurada proteção e segurança. Ficou assim estabelecido por um grande período, porque o Rei e a Igreja, que tinha grande influência na época, tinham fortes relações. Isso só começou a mudar com os acontecimentos da Revolução Burguesa.
Para complicar mais ainda a situação da crise feudal também existiu um conflito entre a França e a Inglaterra. Que movidos por ambições territoriais e problemas imperiais causaram um conflito, chamado da Guerra dos Cem Anos. Disputavam entre si propriedades importantes economicamente, tanto no setor de comércios como têxtil. Isso tudo causou várias mortes, tanto de franceses como ingleses o que fazia cair a produção agrícola. Pode-se dizer que essa guerra marcou o final da Idade Média e o começo da Idade Moderna.
As crises camponesas aconteciam. Os senhores feudais queriam cada vez mais rendas maiores, assim se apoderavam de áreas comunitárias. O crescimento da população dobrou, o que gerou o crescimento das lavouras e das atividades no comércio. Mas como nem tudo é um mar de rosas, não conseguiram controlar a demanda alimentar. Muitas florestas foram utilizadas para aumentar o cultivo. Entre esse período a Peste Negra se espalhou pela Europa. Também havia provocado queda na fertilidade. Por culpa das mortes os outros servos teriam de trabalhar e pagar os impostos no lugar dos falecidos. Foi aí que as chamadas Jacqueries começaram a acontecer. Que é vista, conhecida e lembrada como grandes massacres dos camponeses contra os nobres.
Dentre a Idade Média as mudanças levaram a criar novos grupos sociais que lutavam para se manter no maior poder, como por exemplo, a nobreza. E esse poder também interessava o rei, por que afinal, todos queriam ser fortes politicamente. Também era fundamental que os dois componentes de grande poder como no caso de burgueses e dos senhores feudais não criassem diversas guerras e problemas, teriam que criar um tipo de estrutura de convivência pela paz, criando um poder real centralizado. Teriam de manter o controle territorial com apoio do clero e da nobreza, também com a participação do avanço burguês, atraindo o poder da burguesia. Contendo o poder monárquico, assim se garantiam da expansão de atividades para diversificados espaços territoriais. Em todos os casos, pode-se entender essa Formação como um processo que conseguiu unir os interesses dos burgueses e dos nobres. E um grande passo disso, foi que várias revoltas aconteceram o que fizeram a Idade Média mudar para a Idade Moderna. Então, o Estado Monárquico queria cultivar culturas e tradições medievais, e somente criar novas organizações políticas. O poder dos reis foi vulgarizado por culpa da autoridade real.
A instalação das monarquias portuguesa e espanhola foi marcada pelas guerras onde tentaram expulsar muçulmanos. Há tempo atrás os árabes tinham dominado grande parte da região. Depois de um tempo os cristãos que dominavam a região norte criaram tipos de exércitos que tinham como objetivo ter suas terras de volta. Esse foi um processo histórico que mudou toda a Europa Ocidental, as autoridades monárquicas subiram por seus próprios meios, e foram muito observadas. Os representantes disso foram as próprias monarquias em Portugal, na França, Inglaterra e Espanha. Foi estabelecido de tal modo e vivido por muito tempo, só depois foi destruído por críticas no século seguinte.
A Primavera dos Povos teve grandes movimentos revolucionários de 1848 por culpa de seu grande caráter nacionalista. Na época a Europa tinha diversas regiões, por exemplo, no leste, que havia muitos impérios. E como em muitos lugares, até hoje, as minorias não são muito ouvidas ou respeitadas. Lá era assim também. Na Itália e na Alemanha também ocorreram revoltas, mas nesse caso por culpa cultural e não política. Antes de 1848 somente se levantou uma nação. Depois a Primavera dos povos levantou todo o continente, onde muitos países lutaram contra o capitalismo. A chamada primavera ocorre quando acaba o inverno, onde as coisas novas nascem. Como no caso das flores. Uma vai nascendo e logo depois as outras. Assim seguintemente.
O liberalismo se firmou na Europa em meados do século XVIII. Pode ser definido como um tipo de corrente política, deve ser o único objetivo do governo em relação à liberdade individual. Liberal deriva do Liber que em Latino significa livre. Os liberais, independente da corrente, se vêem como amigos da liberdade. Na Revolução Francesa definiu-se como um contraste com o socialismo e o comunismo. Tudo se liga ao Iluminismo, a Era que ficou conhecida como a luz que tirou a escuridão da época. Mas a manutenção do Estado colocou a classe operária contra a burguesia. Na Inglaterra, os trabalhadores asseguraram melhorias em suas condições de trabalhos, tanto na política e em seus direitos. Já na França foi provocado um descontentamento, por que a monarquia foi restaurada. Em 1830, uma revolução, a burguesia derrotou a aristocracia francesa. Mas em 1840 várias colheitas fracassaram fazendo a população passar fome. Por culpa dessa crise de fome as ideias socialistas começaram a reinar.
O socialismo ainda hoje é um programa político, que foi se formando dentre a Revolução Industrial. Todos deveriam se tornar trabalhadores, fazendo um crescimento na produção. As desigualdades diminuiriam e assim a produção seria bem distribuída. A Revolução de 1848 foi marcada pela burguesia que teve o poder e a derrota do proletariado. Afetou grande parte da Europa derrubando a burguesia criando a chamada Ditadura do proletariado.
Em geral o “sonho” da França e da Inglaterra era tornar-se Estado, por que também tinham grandes culturas e tradições.
Depois das revoluções de 1848 e 1849 começaram as tentativas para unificar a Itália, que ficou dividida em oito estados, sendo que a maioria deles eram controlados pela Áustria. Movimentos nacionalistas aconteceram em cada canto e bem diversificados. Tanto com grupos urbanos e até mesmo chegando a burguesia nacional. A Jovem Itália foi uma associação política que tinha como objetivo transformar seu território italiano em uma republica democrática. Era importante para eles os direitos, a fraternidade e igualdade jurídica. Queriam, tecnicamente, ficar livres do Império Austríaco e se tornar um Estado. Também existiu a associação Carbonária, uma sociedade secreta que pretendia combater a intolerância religiosa e as ideias liberais. E obviamente, pela unificação de seu país. Ao desenrolar dessa estória foi possibilitada a venda de produtos industriais a preços baixos. Isso fez com que ocorresse uma ruína dentre agricultores e artesãos, por que de fato, queriam de modo justo. Não existiam somente problemas políticos e econômicos, para ser realmente um Estado a população deveria se sentir realmente italiano. Até que em 1861 a Itália foi reconhecida como um Estado, menos pela Áustria. Dez anos depois fora oferecido ao Papa um compromisso de ser do tipo um chefe do Estado de uma cidade italiana, o Vaticano, onde ainda fica a sede da Igreja hoje em dia.
A unificação alemã começou em meados do século XIX que fora influenciado pelas revoluções liberais. Os estados queriam restituir à posse de um parlamento para elaborar um país unificado. Um dos maiores problemas foi a divisão política, que uma delas foi conhecida como Zollverein, também conhecida como aliança que deu a meta de liberdade para os estados alemães. Com ela foi favorecida a liberdade entre fronteiras, o que ajudava no comércio e industrialmente. Adotou uma política de guerra contra inimigos externos. Também contra a ocupação de terras alemãs o que ajudou na expansão do território prussiano. Com seu primeiro ministro chamado Otto Von Bismarck, a Alemanha conseguiu sua unificação. Foi por culpa disso também que esta unificação foi causa da Primeira Guerra Mundial. Os franceses se sentiram humilhados pelos alemães e queria algo tipo vingança. Tudo causou um problema com as alianças políticas. Mas hoje em dia a Alemanha é um dos países mais potencializados industrialmente. Tanto a Itália como a Alemanha fora a causa de maior alteração da política da Europa no século XIX, o que ao geral resultou na Primeira Guerra Mundial.
No século XVI na Europa a Igreja passou por outra grande crise. Era uma época em que Deus era considerado o tudo e a Igreja dominava os povos. O poder do papa também atrapalhava o poder dos monarcas, por isso muitas pessoas resolveram criar novas religiões que não reconheciam o poder papal. Esses acontecimentos foram chamados de Reforma. As causas ocorreram tanto religiosamente como economicamente, politicamente e moralmente. O clero vivia luxuosamente, ao contrario das outras pessoas. Os cargos eram vendidos, ou seja, quando mais pagasse maior seria o cargo. O papa Leão X, por exemplo, ganhava em média um milhão de dólares com a venda de cargos da Igreja. Também a venda de indulgências. Onde a pessoa pecadora deveria pagar documentos assinados pelo papa, onde acreditavam que graças a essa assinatura ficariam menos tempo no purgatório pagando por seus pecados. E a venda de relíquias, objetos “sagrados” tocados por Cristo, Maria e outros santos. A nobreza feudal desejava confiscar as terras da Igreja. O individualismo ia ganhando forças e a religião também se individualizava mais, ou seja, as pessoas passaram a acreditar mais nelas mesmas do que em Deus. A burguesia também estava infeliz com isso, por que de fato, o poder era do papa e não de Deus. Procuravam algo que os apoiasse e não que interferisse em suas atividades. A Reforma na Alemanha foi liderada por Martin Luther que pregou noventa e cinco teses contra a venda de indulgências na porta da catedral de Wittenberg em 1517. Foi excomungado pelo papa Leão X em 1520 e expulso do império em 1521, mas permaneceu na Alemanha com o apoio de Frederico, ou mais conhecido como Duque da Saxônia. Traduziu a Bíblia para o alemão permitindo sua livre interpretação. Ele acreditava que a Bíblia era a única fonte de verdade divina e que não cabia a alguém impor uma forma qualquer de interpretá-la. Não considerou a autoridade papal. Rejeitou cinco dentre os sete sacramentos e o uso do latim neles. Manteve apenas o batismo e a eucaristia, mesmo sem acreditar que pudesse haver a transformação do pão e do vinho no corpo e no sangue de Cristo. Assim foi criado o luteranismo que se espalhou por diversos países. A reforma calvinista ocorreu na França e na Suíça. Seu principal líder foi Jean Calvino que se inspirou em Luther. Fugiu para Basiléia em 1533 por que os reformistas começaram a ser perseguidos por Francisco I. Depois foi viver em Genebra, mas foi expulso de lá por suas ideias. Já em 1541 voltou e lá ficou até sua morte em 1564, antes de impor uma ditadura política e religiosa, algo como um governo em nome de Deus. Em seu governo era proibido dançar, jogar cartas, trabalhar, ir ao teatro em dias santos, não era permitido comemorar, isso era considerado crime. Acreditava que a salvação só dependia da fé, por que pra ele Deus tinha criado as pessoas com suas determinadas vocações, mas com um só objetivo: glorificação. O culto passou a ser mais simples: sem imagens, músicas e com pequenos comentários da Bíblia. A reforma anglicana aconteceu na Inglaterra por causas políticas e econômicas. O criador foi Henrique XIII. Ele queria se separar de sua esposa Catarina de Aragão, mas o papa Clemente VII não permitiu. Então decidiu criar uma outra religião. E como a nobreza e a burguesia não estavam contentes com o poder que a Igreja católica exercia, recebeu apoio. Decretou o Ato Supremo em 1534 e se tornou o principal chefe da Igreja Anglicana. Mas o anglicanismo apenas se tornou religião oficial com o reinado de Elizabeth I. A Igreja Católica revoltada com a grande perda de fieis decidiu mudar. Isso começou côo o papa Paulo III que convocou o Concílio de Trento. Antes disso, com os papas Alexandre VI, Julio II, Leão X e Clemente VII a Igreja não conseguiu bons resultados, por que eles não se preocupavam com o que atingia a cristandade. O Concílio obteu resultados como a salvação mediante a fé, culto aos santos, ao Papa, criação dos seminários e a não aceitação do rompimento matrimonial.

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